sexta-feira, 18 de abril de 2008

(H)eros


Tu avais accepté de me les confier …

D’abord,
Je n’avais pu m’empêcher de les regarder
Longuement
Les effleurant du bout des yeux
Surtout, ne pas les effaroucher …

C’étaient coussins de mousses et d’herbes de tourbières
Végétations rases et douces des bords de falaises
Léchées et caressées par le vent …

Galets emmaillotés de goémons séchés

Ma main n’osait pas la première caresse …
Le contact
Aurait peut-être rompu le charme …

Elles rebondissaient en joues
Et s’accomplissaient en un sourire …

Malice et humour
Clin d’œil engageant
Elles m’invitaient
Me priaient
Me conviaient …

Pas la peine de résister …

J’approchai ma paume
Sans toucher

Vibration et chaleur
Douceur
Rondeur
Je tentais un frôlement
Ce fut
Sable de plage
Toison et chaton
Bulles et coton
Voyage dans le ventre de la mer

Puis cueillette d’api :
Dans chacune de mes mains
Je tenais … enfin
Tes fesses !

par Dominique Noël
photographie de Johannes Barthelmes

5 comentários:

Bichinho disse...

Beijo fantasma...

Anónimo disse...

hum.. e desculpa-me a intromissão do outro dia :)
hum.. gostei do texto..
frances deve ser a lingua do amor.. as coisas parecem amadas quando ditas, parece trabalhadas e elaboradas.. parece que foram escolhidas a dedo para darem um efeito fantastico.. :)

Auréola Branca disse...

Não entendi muito da poesia, mas a imagem valeu muito.
Vc, sempre, de parabêns...
Bom final de semana.

Pedro M disse...

Intromissão?! Pelo contrário, foi um prazer ter a tua visita.
Francês como a língua do amor? Provavelmente tens razão. Já viste como os textos de Anais Nin soam ainda mais eróticos quando lidos em francês? Ou talvez seja porque as mulheres francesas cultivam a sensualidade e o erotismo. E não são só as jovens. As mulheres francesas de todas as idades conservam em si um toque de mistério e sedução único.

Um beijo

Pedro M disse...

Obrigado Auréola Branca :-)

Embora a maior parte dos poemas que reproduzo sejam de autores portugueses ou brasileiros (de facto a maior parte até são brasileiros), por vezes encontro poemas noutras línguas que não resisto a publicar.

Beijos