quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Na penumbra


Raiava, ao longe, em fogo a lua nova,
Lembras-te?... apenas reluzia a medo,
Na escuridão crepuscular da alcova
O diamante que ardia-te no dedo...

Nesse ambiente tépido, enervante,
Os meus desejos quentes, irritados,
Circulavam-te a carne palpitante,
Como um bando de lobos esfaimados...

Como que estava sobre nós suspensa
A pomba da volúpia; a treva densa
Do teu olhar tinha tamanho brilho!

E os teus seios que as roupas comprimiam,
Tanto sob elas, túmidos, batiam,
Que estalavam-te o flácido espartilho!

por Raimundo Correia
Fotografia de Yan McLine

3 comentários:

Anónimo disse...

mmm um poema cheio de contradições:
ambiente tépido, mas enervante...
um clima de desafio, de ansiedade, de vontade de partir em busca de sensações.
Os corpos que palpitam, os seios túmidos, com vontade de serem tocados... mmm que vontade de te ter neste preciso momento,aqui e agora sentir-te palpitante ... em busca do que de novo poderá fazer explodir as sensações de prazer, o que mais poderá fazer desabrochar todos os sentidos... mmm

Pedro M disse...

Ohhh minha querida Anónima... deixa-me então arrancar tua roupa, libertar teus seios oprimidos, beijar teus mamilos túmidos. Deixa-me tomar tuas nádegas em minhas mãos como cálice que levo à boca para sofregamente matar minha sede em teu sexo húmido, quente e palpitante. Deixa-me prender teu corpo sob o meu e lentamente, sincopadamente, em ti penetrar, bem fundo, abrindo-te, ocupando-te e entre gemidos em ti derramar minha seiva num estertor de prazer, luxúria e desejo.

Um beijo

Anónimo disse...

Ummm meu querido Pedro M, assim deixas-me louca de prazer. Aqui só, sentada, humidecida pelas tuas palavras... imaginando-te em toda a cena... e eu erguendo-me, curvando-me, nao aguentando o fogo da ansiedade de te ter dentro de mim. De te ver movimentar, bem fundo, fazendo explodir em ti o prazer que me fazes sentir a cada momento... mmm como te imagino ... bem fundo... como um barco que eleva a proa cada vez que fura a sua onda de elevada altivez... e eis que a espuma branca rasga a onda e abraça o barco com toda a sua força, como lhe abradecendo por a ter rasgado toda...
Um beijo