sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Sinto


Deixo-me embalar pela música.
Fecho os olhos e sinto
o teu rosto mergulhar nas ondas do meu
cabelo.

As tuas mãos como plumas
percorrendo meu corpo.
Encostas-me à janela
e pressionas o teu corpo no meu.

Sinto uma volúpia quente
subir e fundir-se em mim.
Uma a uma, as peças vão desaparecendo
e eu estou ali,
nua, faminta, com as ondas
do meu corpo a chamarem-te ...

E tu vens, qual trovão em dias de
tempestade.
Para lá da janela, nada mais existe.
Somos nós, um só corpo
possuídos pelo mesmo desejo:
Amar ...

por Otília Martel in Menina Marota ― um desnudar de alma
fotografia de autor desconhecido

Confesso que tive a ousadia de me substituir à autora e atribuir um título ao poema. Peço desde já as minhas desculpas caso aquela não concorde.

2 comentários:

Ana disse...

Que a musica envolvente inunda nossos corpos que se deliciam em movimentos cordenados.
Que o som delicie os nossos ouvidos totalmente penetrados por sussurros
Um Beijos quente
Ana

Pedro M disse...

Minha querida Ana,

anseio por sentir os acordes dessa música vibrantes em nossos corpos :-)

Um beijo