Adonis 1966
57 anos, profissional liberal. Vivo no Porto. Adoro mulheres sensuais, apaixonadas, vibrantes... Acompanhante masculino. Simpático, discreto, culto, meigo e carinhoso. Desloco-me a domicílios, hotéis e motéis. Disponibilidade algo limitada, por motivos profissionais. Qualquer encontro deverá ser marcado com alguma (pequena) antecedência.
quinta-feira, 11 de setembro de 2025
me olha, então tudo me diz
e eu nem conseguia te explicar direito o meu desejo.
da loucura de sonhar em te dar em qualquer lugar, num lugar qualquer.
nem era interessante explicar que o meu corpo não podia parar de querer, assim tão subitamente, tão sem querer.
nem adiantava tentar dizer que todas as vezes que fiz que não quis, queria você.
que a lembrança leva e traz, em pequenos flashs de câmera antiga, você descendo pela barriga, você atrás metendo, você tão perto dizendo que está todo em mim.
disso eu bem sei, disso eu sigo sabendo.
quer dizer, sigo ardendo de saber mesmo não sabendo como ainda continuar a dizer, meu ventre gruda em você, sem que eu perceba o movimento.
me aventuro entre o beijo e o esquecimento de que há pessoas ao redor e eu quero queria em qualquer lugar
por Isabella Ingra
fotografia de autor desconhecido
segunda-feira, 11 de agosto de 2025
Férias I
É Agosto, mês de férias e de mar...
gosto das manhãs de nevoeiro...
da frescura da brisa do mar...
Não gosto do calor, confesso...
Em Agosto, costumo fugir da cidade.
Durante este longo mês de Agosto estarei dentro & fora do Porto.
Um beijo
Pedro M
P.S.: Durante este período terei o telemóvel desligado.
No entanto, continuarei contactável via email (pedrom1966@gmail.com).
Terei todo o prazer em receber as vossas mensagens e em vos responder.
Terei todo o prazer em receber as vossas mensagens e em vos responder.
Fotografia de autor desconhecido
segunda-feira, 14 de julho de 2025
Me dejo tocar por ti
Me dejo tocar por ti
en las calles
enfrente de todos
semi-desnuda
oprimes alguna parte infinita de mi orgasmo
Y una vez más
tu sexo afilado
está aquí
abriéndome los labios.
por Frida Varinia Ramos
fotografia de Jiri Ruzek
segunda-feira, 30 de junho de 2025
Nova bárbara escrava
Barborinha uma crioula:
Faz de bahiana evocada
Num hotel de vidro e avenca;
Usa torço cor-de-rosa,
Pano-da-costa fingido,
Chambre crivado no seio:
Seu balangandã preserva-a
Bem menos que seu enleio.
Para não ver os meus olhos
— Figa branca, figa preta —
Atira-as pra trás nas costas,
Tão bem, que só vê diante
A cuia do vatapá:
Mas eu sei quantas pancadas,
Vindo assim, seu peito dá.
Peixinho moreno, pula
No aquário do hotel de luxo
Como gota de água ao céu:
Tem vergonha de ser mate,
O seu passo é como um véu.
Barborinha é uma crioula
(Mulatinha era demais):
As cores, à parte, são várias:
Unidinhas, são iguais.
Vem servir-me cor-de-rosa,
Parda me serve xinxim
(Pérfido, atraso o jantar
Fitando-a entro e mim).
Mas o que serve em verdade
A Barborinha morena,
Na sua saia bahiana
Com roda de campainha,
Não é o envisco que comem
Os peixes do hotel de vidro,
Mas a sua graça apenas.
Tão quente (sendo ela fria)!
E as mãos! as mãos! — tão pequenas,
Tão pequenas, que eu diria
Que as fazem penas — e fogem
As aves que há na Bahia!
por Vitorino Nemésio
fotografia de Charles Lightfoot
Modelo: Noel Monique
segunda-feira, 2 de junho de 2025
Era manhã de Setembro
Era manhã de setembro
e
ela me beijava o membro
Aviões e nuvens passavam
coros negros rebramiam
ela me beijava o membro
O meu tempo de menino
o meu tempo ainda futuro
cruzados floriam junto
Ela me beijava o membro
Um passarinho cantava,
bem dentro da árvore, dentro
da terra, de mim, da morte
Morte e primavera em rama
disputavam-se a água clara
água que dobrava a sede
Ela me beijando o membro
Tudo o que eu tivera sido
quanto me fora defeso
já não formava sentido
Somente rosa crispada
o talo ardente, uma flama
aquele êxtase na grama
Ela a me beijar o membro
Dos beijos era o mais casto
na pureza despojada
que é própria das coisas dadas
Nem era preito de escrava
enrodilhada na sombra
mas presente de rainha
tornando-se coisa minha
circulando-me no sangue
e doce e lento e erradio
como beijara uma santa
no mais divino transporte
e num solene arrepio
beijava beijava o membro
Pensando nos outros homens
eu tinha pena de todos
aprisionados no mundo
Meu império se estendia
por toda a praia deserta
e a cada sentido alerta
Ela me beijava o membro
O capítulo do ser
o mistério de existir
o desencontro de amar
eram tudo ondas caladas
morrendo num cais longínquo
e uma cidade se erguia
radiante de pedrarias
e de ódios apaziguados
e o espasmo vinha na brisa
para consigo furtar-me
se antes não me desfolhava
como um cabelo se alisa
e me tornava disperso
todo em circulos concêntricos
na fumaça do universo
Beijava o membro
beijava
e se morria beijando
a renascer em setembro
por Carlos Drummond de Andrade
fotografia de autor desconhecido
quarta-feira, 23 de abril de 2025
Aquella noche
Aquella noche
hicimos poesía;
mientras ella gemía,
yo le recitaba un par de
versos cortos en medio
de sus piernas,
esperando con eso,
que, después del orgasmo,
deseara más.
por Manuel Ignacio
fotografia de Jiri Ruzek
terça-feira, 22 de abril de 2025
No teu Orgasmo...
Deixa-me que me entregue
Que abdique de mim mesmo
Na plenitude do teu corpo
Apenas desejo o teu prazer
O teu gemido, o teu orgasmo
Que se contorça o teu corpo
Na explosão sinfónica dos sentidos...
Deixa que te explore, que te enlouqueça
Que as minhas mãos te percorram o corpo
Que os meus lábios te mapeiem a pele
Que a minha língua te prove e leve à loucura...
Deixa-me entrar em ti em movimentos vibrantes
Amplos, lentos, fortes e ritmados...
Deixa-me dar-te loucas e gemidas vontades
Até ao espasmo final em que tudo se liberta...
Eu, eu tenho tempo, apenas o teu urge
Apenas o teu orgasmo me satisfaz
Na plenitude... Apenas o teu divino prazer...
por Tiago Paixão
fotografia de autor desconhecido
modelo: Charlotte Gainsbourg
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