sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Votos de um Feliz Natal!



Para todas as minhas leitoras, com o meu desejo de que tenham um Muito Feliz Natal!!
Foram umas meninas bem comportadas durante este ano?!
Ou merecem uns açoitezinhos?!

Um beijo
Pedro M


Língua


A língua lambe as pétalas vermelhas da rosa pluriaberta;
a língua lavra certo oculto botão,
e vai tecendo lépidas variações de leves ritmos.
E lambe, lambilonga, lambilenta, a licorina gruta cabeluda,
e, quanto mais lambente, mais ativa, atinge o céu do céu,
entre gemidos, entre gritos,
balidos e rugidos de leões na floresta, enfurecidos

por Carlos Drummond de Andrade
fotografia de autor desconhecido

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

A Boca as Bocas


Apenas
uma boca. A tua Boca
Apenas outra, a outra tua boca
É Primavera e ri a tua boca
De ser Agosto já na outra boca

Entre uma e outra voga a minha boca
E pouco a pouco a polpa de uma boca
Inda há pouco na popa em minha boca
É já na proa a polpa de outra boca.

Sabe a laranja a casca de uma boca
Sabe a morango a noz da outra boca
Mas sabe entretanto a minha boca

Que apenas vai sentindo em sua boca
Mais rouca do que a boca a minha boca
Mais louca do que a boca a tua boca.

por David Mourão-Ferreira
fotografia de autor desconhecido

sábado, 18 de dezembro de 2021

Na estrada


Ontem à noite ele se superou
Surtou
No carro mesmo me pegou
Enquanto eu dirigia
As mãos por debaixo da minha saia ele metia
A calcinha logo encharquei
No acostamento da estrada parei
Pirei
No seu colo fui pulando
Sentando, quicando e rebolando
Ele me mordia, sugava
Arranhava
Ao pé do meu ouvido foi chegando
O ouço sussurrando
ahh...
Estou gozando

por autora desconhecida
fotografia de autor desconhecido

sábado, 11 de dezembro de 2021

Faz de mim o teu brinquedo


Faz de mim o teu brinquedo,
Eu nua te espero,
Quente e humida,
Usa-me...
Beija a minha pele,
Sente na tua lingua a minha vontade
O meu corpo espasma de ânsia.
Aguarda que nele entres... quente...
te aguarda espada firme!
Brinca, fura a gruta quente que é tua.
Brinca no escuro quente da descoberta.
Agarra o corpo que é teu por um momento.
Sente estes mamilos turgidos que aguardam teu toque... uhm como te sentem... como esperam o teu calor.
Vem este corpo espera o teu brinquedo...

dedicado por Ana
fotografia de autor desconhecido

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Desesperadamente


Escrevo-te na minha pele
que geme baixinho.
Desesperadamente.
Indecisa,
fico à toa
e escolho
os labirintos
do silêncio.
Esse silêncio
que me apazigua
a alma
e te devolve
ao prazer do toque
com a minha pele

por Marta Vinhais
fotografia de autor desconhecido
modelo: Sazze

terça-feira, 9 de novembro de 2021

O sorriso


Creio que foi o sorriso,
o sorriso foi quem abriu a porta.
Era um sorriso com muita luz
Lá dentro, apetecia
entrar nele, tirar a roupa, ficar
nu dentro daquele sorriso.

Correr, navegar, morrer naquele sorriso.

por Eugénio de Andrade
fotografia de autor desconhecido

sábado, 30 de outubro de 2021

flamboyant


de novo enfloresce como há longos anos:
nódoa cor de sangue desafia o azul sem nuvens

um naco de delírio ronda a paisagem
instala o passado na varanda e declara

é tempo de paixão

folhas flores um rumor um desvario:
a voz que sussurrava
entre gemidos e safadezas
"meu doce"

por Adelaide do Julinho
fotografia de autor desconhecido

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Fantasia


Quero...
Ter o teu beijo,
o teu suspiro lento e longo,
a vaguear pelos meus lábios,
no deleite da noite...
Na frescura da manhã,
antes de deixares a minha cama...
Ser o segredo que te acompanha
e te surpreende o sorriso...
A fantasia que passeia pelos teus dias
e alastra-se pela pele...
Quente,
húmida,
sedutora
em corpos já seduzidos...

por Marta Vinhais
fotografia de autor desconhecido

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

The three of us


The three of us
In the bright sunlight
In a cozy room
With ac at 16
We explored each other.
You went down on me
And he was caressing
My breasts like they were
The most tenderest of all flowers.
While you went in deep
Inside my lower lips
He gave me his phallus
And I tasted his love juice
While you filled me up
Completely.

by Suparna Saha
photography for Playboy magazine
model: Anna Mucha

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Adonis...


Oh! Deus meu do Olimpo...
Deixa-me ser eu a segurar,
seduzi-lo, beijá-lo, passar a língua por ele
com a minha mão... acaricio,
com a minha língua... brinco,
com os meus... lábios, beijo-o suavemente formando um... «O»
coloco-os suavemente sobre teu mastro...
e aos círculos pressiono,
com a minha língua... navego lado a lado
deixo-te que embarques em minha proa
delicio-me... com o teu odor e sabor...
És o afrodisíaco do amor

dedicado por Jade
fotografia de autor desconhecido

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Cor-respondência


Passeiam em mim estas tardes
que parecem repetir
o amor bem feito
que você tinha mania de fazer comigo.
Não sei amigo
se era o seu jeito
ou de propósito
mas era bom, sempre bom
e assanhava as tardes.
Refaça o verso
que mantinha sempre tesa
a minha rima
firme
confirme
o ardor dessas jorradas
de versos que nos bolinaram os dois
a dois.
Pense em mim
e me visite no correio
de pombos onde a gente se confunde
Repito:
Se meta na minha vida
outra vez meta
Remeta.

por Elisa Lucinda
fotografia de autor desconhecido

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Olhos cor de mel


Teus olhos cor de mel
Brilhando de luz delicada
Senti teu desejo por mim
Provei dos teus lábios
Sabor de pecado e prazer
Devagar fui te descobrindo
Na maciez de tua pele
Passeei por seus belos seios
Senti tuas coxas e pernas
De encontro às minhas
Com carícias tensas
Aos poucos fui te descobrindo
Teu sexo úmido procurado
Por meu sexo duro de desejo
E no abismo entre tuas coxas
Quente a deslizar enfiei
Minha lança dura de prazer
Gemias sob os beijos gemias
E a me espremer ias mexendo
Quadris e sexo em ritmo lento
Minha lança agora prisioneira
O gozo pleno, veio em ondas
Senti teu grito no meu sexo
Explodi em jorros de prazer
Inundando tuas entranhas
Eu esvaído em gozo lá no fundo
Meu doce leite inundava
Tua fenda rósea, escorrendo-te
Entre as coxas, branco sêmen.

por Joél Gallinati Heim
fotografia de autor desconhecido

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Êxtase


Grito,
gemo
de prazer,
quando
te saboreio,
pedacinho
por
pedacinho.

Num beijo possessivo,
explorando-te
com a língua.

Tenho a certeza
de que estou
acordada,
de que
o meu corpo
está quente
e húmido.
Quando
tu,
suspiras
em extâse...

por Marta Vinhais
fotografia de autor desconhecido

terça-feira, 28 de setembro de 2021

A espada


É no teu silêncio que escuto o mar.
É na tua imobilidade que me quebro
onda brava que a seguir se esmaga
rebelde de branco e maresia.

Vem, corpo aceso, boca de alegria
beija-me com a sede que trazes e trava em mim
a luta na pele onde, mortas
só as sombras se levantam para ser roupa
como as palavras me são grito e tempestade
solidão ou pedra de arremesso
baladas de desencanto.

Vem e enche a minha esperança
ou abate em mim a tua fúria e verte,
acre, a agonia ao soar da minha espada.

Vem e farei de ti o reino, o céu, a profundidade.

Vem e arde no meu fogo.

por Edgardo Xavier (in Insubmisso Rumor)
fotografia de autor desconhecido

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

A Sésta


Pierrot escondido por entre o amarello dos gyrassois espreita em cautela o somno d'ella dormindo na sombra da tangerineira. E ella não dorme, espreita tambem de olhos descidos, mentindo o sôno, as vestes brancas do Pierrot gatinhando silencios por entre o amarelo dos gyrassois. E porque Elle se vem chegando perto, Ella mente ainda mais o sôno a mal-resonar.

Junto d'Ella, não teve mão em si e foi descer-lhe um beijo mudo na negra meia aberta arejando o pé pequenino. Depois os joelhos redondos e lizos, e já se debruçava por sobre os joelhos, a beijar-lhe o ventre descomposto, quando Ella acordou cançada de tanto sôno fingir.

E Elle ameaça fugida, e Ella furta-lhe a fuga nos braços nús estendidos.

E Ella, magoada dos remorsos de Pierrot, acaricia-lhe a fronte num grande perdão. E, feitas as pazes, ficou combinado que Ella dormisse outra vez.

por Almada Negreiros
fotografia de autor desconhecido

terça-feira, 21 de setembro de 2021

Maria atravessou o regato


Maria atravessou o regato,
molhou a barra do vestido.
Na água deixou o retrato
de tudo o que estava escondido.

texto de autor desconhecido
fotografia de autor desconhecido

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Extorso


Quando chega a madrugada,
vai-se embora a sensatez,
ela se entrega por quase nada
e me chantageia com nudez;

E, se prende a luz do meu olhar
no meio das pernas da noite a meio,
minha Lua cede e convém brilhar
nas cores e forma do seu seio...

por Saulo Pessato
fotografia de autor desconhecido

terça-feira, 22 de junho de 2021

Quando desejos outros é que falam


Quando desejos outros é que falam
e o rigor do apetite mais se aguça,
despetalam-se as pétalas do ânus
à lenta introdução do membro longo.
Ele avança, recua, e a via estreita
vai transformando em dúlcida paragem.

Mulher, dupla mulher, há no teu âmago

ocultas melodias ovidianas.

por Carlos Drummond de Andrade
fotografia de autor desconhecido

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Quítate las bragas...

― quítate las bragas
― aquí?
― y abre un poco las piernas
― estás loco? ¡¡nos verán!!
― solo te veo yo
― ya estoy húmeda

texto de autor desconhecido
fotografia de Ruslan Lobanov

sexta-feira, 4 de junho de 2021

A minha boca


a minha boca
tem tanta fome da tua
a minha língua
tem tanta sede da tua
a minha boca
tem tanta tesão dos teus

os meus dedos nervosos
percorrem o meu sexo
verticalidade lúbrica, orgânica
outra e outra vez
perfilado, aprumado, em vão
de tanto ansiar pelo teu próprio vão
elísio onde a minha volúpia se espraia

doidos os meus dedos de não poderem
desfiar o teu cabelo
de eu não o poder cheirar
como quando encho o peito e os pulmões
do teu perfume e só isso me acalma
de não poderem circundar a seda
dos teus seios-frutos de abocanhar
a minha sede novamente

os meus dedos nutam pela tua pele
escorregam pela duna da tua barriga morna
como quem atravessa um deserto
os meus beijos tontos de tanto procurar de beber
os meus dedos perdidos por aí abaixo
loucos de quererem novamente
aflorar os teus lábios
encharcados com cio
a minha sede outra vez, porra

os meus dedos extraviados
quando não te têm
anelam de não te poder anelar
ávidos de tanto te quererem
de tanto quererem entrar em ti invasores
como magotes de guerreiros sôfregos
irrompendo pelas tuas meias ameias muralha
que se abatem de repente
e toda tu te entregas numa batalha
que se vence apenas derribando
os nossos próprios bastiões e baluartes
penetro enfim o paço de dedos bacamartes
procurando-te por dentro
acordando o teu sentir, o teu pulsar
despoletando o teu arfar, o teu prazer
e o meu prazer de te dar prazer
os meus dedos gostam
que todo o teu corpo exulte de deleite
arqueado e convulso
os meus dedos e as minhas mãos
ufanam quando te agarram e pegam em ti
jactantes de sentir os teus sismos internos
jorrarem em espasmos, gemidos e gritos
e réplicas repetidas
os meus dedos adoram que não te retenhas
os meus dedos querem que te venhas
e explodas de gozo e mil orgasmos
e que todos os teus tsunamis se derramem
na minha boca e na minha garganta rouca
como um rio furioso no seu desfiladeiro
até se desfazer na sua foz
naturalmente

o meu sexo turgescente, latejante
alucinado, erguido, rijo, em riste, vibrante
quando procura os teus lábios e a tua boca
e tu finalmente a agarrá-lo
com firmeza e convicta
de que sabes exactamente
o que fazes e o que queres
fechas sobre ele a tua mão pequenina
acaricia-lo, como se o despisses lentamente
e afunda-lo de um só trago
eu deixo ir e vir com vontade
com força, sem clemência
tu suplicas indulgência
qual remissão dos pecados, meu amor?
eu acalmo-me, tento, não consigo
inchado cheio impetuoso
de precisar de me devorares com doçura
de te sentir de língua molhada em mim
novamente e mais uma vez e sempre
estoura o meu plectro e o meu estro
como a minha seiva em ti
sexus plexus nexus

e finalmente fodemos
que nem danados
como se não houvesse
hoje nem amanhã
nem a serpente nem a maçã
e só descansamos no estuário
onde as nossas águas e lumes
se juntam já mansos e quiescentes
serenando rutilantes de luz
para além do amor e do querer
para lá do desejo e da vontade
algures no fim do prazer
como se o prazer
pudesse ter um outro fim
que não fosse o próprio prazer.

por José Luís Correia
fotografia de autor desconhecido

sexta-feira, 21 de maio de 2021

A outra porta do prazer


A outra porta do prazer,
porta a que se bate suavemente,
seu convite é um prazer ferido a fogo
e, com isso, muito mais prazer.

Amor não é completo se não sabe
coisas que só amor pode inventar.
Procura o estreito átrio do cubículo
aonde não chega a luz, e chega o ardor
de insofrida, mordente

fome de conhecimento pelo gozo.

por Carlos Drummond de Andrade
fotografia de autor desconhecido

terça-feira, 4 de maio de 2021

São flores ou são nalgas?

São flores ou são nalgas
estas flores
de lascivo arabesco?
São nalgas ou são flores
estas nalgas
de vegetal doçura e macieza?

por Carlos Drummond de Andrade
fotografia de autor desconhecido

quarta-feira, 21 de abril de 2021

A língua lambe

A língua lambe as pétalas vermelhas
da rosa pluriaberta; a língua lavra
certo oculto botão, e vai tecendo
lépidas variações de leves ritmos.

E lambe, lambilonga, lambilenta,
a licorina gruta cabeluda,
e, quanto mais lambente, mais ativa,
atinge o céu do céu, entre gemidos,

entre gritos, balidos e rugidos
de leões na floresta, enfurecidos.

por Carlos Drummond de Andrade
fotografia de autor desconhecido

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Rosa

Rosa rosa rosam
Rosae rosae rosa
Rosae rosae rosas
Rosarum rosis rosis

C'est le plus vieux tango du monde
Celui que les têtes blondes
Ânonnent comme une ronde
En apprenant leur latin
C'est le tango du collège
Qui prend les rêves au piège
Et dont il est sacrilège
De ne pas sortir malin
C'est le tango des bons pères
Qui surveillent l'œil sévère
Les Jules et les Prosper
Qui seront la France de demain

Rosa rosa rosam
Rosae rosae rosa
Rosae rosae rosas
Rosarum rosis rosis

C'est le tango des forts en thème
Boutonneux jusqu'à l'extrême
Et qui recouvrent de laine
Leur cœur qui est déjà froid
C'est le tango des forts en rien
Qui déclinent de chagrin
Et qui seront pharmaciens
Parce que papa ne l'était pas
C'est le temps où j'étais dernier
Car ce tango rosa rosae
J'inclinais à lui préférer
Déjà ma cousine Rosa

Rosa rosa rosam
Rosae rosae rosa
Rosae rosae rosas
Rosarum rosis rosis

C'est le tango des promenades
Deux par seul sous les arcades
Cernés de corbeaux et d'alcades
Qui nous protégeaient des pourquoi
C'est le tango de la pluie sur la cour
Le miroir d'une flaque sans amour
Qui m'a fait comprendre un beau jour
Que je ne serais pas Vasco de Gama
Mais c'est le tango du temps béni
Où pour un baiser trop petit
Dans la clairière d'un jeudi
A rosi cousine Rosa

Rosa rosa rosam
Rosae rosae rosa
Rosae rosae rosas
Rosarum rosis rosis

C'est le tango du temps des zéros
J'en avais tant des minces des gros
Que j'en faisais des tunnels pour Charlot
Des auréoles pour saint François
C'est le tango des récompenses
Qui vont à ceux qui ont la chance
D'apprendre dès leur enfance
Tout ce qui ne leur servira pas
Mais c'est le tango que l'on regrette
Une fois que le temps s'achète
Et que l'on s'aperçoit tout bête
Qu'il y a des épines aux Rosa

Rosa rosa rosam
Rosae rosae rosa
Rosae rosae rosas
Rosarum rosis rosis

par Jacques Brel
photographie de David Hamilton
modèle: Anja Schute

domingo, 10 de janeiro de 2021

Bundamel bundalis
bundacor bundamor



Bundamel bundalis bundacor bundamor
bundalei bundalor bundanil bundapão
bunda de mil versões, pluribunda unibunda
bunda em flor, bunda em al
bunda lunar e sol
bundarrabil

Bunda maga e plural, bunda além do irreal
arquibunda selada em pauta de hermetismo
opalescente bun
incandescente bun
meigo favo escondido em tufos tenebrosos
a que não chega o enxofre da lascívia
e onde
a global palidez de zonas hiperbóreas
concentra a música incessante
do girabundo cósmico.

Bundaril bundilim bunda mais do que bunda
bunda mutante/renovante
que ao número acrescenta uma nova harmonia.
Vai seguindo e cantando e envolvendo de espasmo
o arco de triunfo, a ponte de suspiros
a torre de suicídio, a morte do Arpoador
bunditálix, bundífoda

bundamor bundamor bundamor bundamor.

por Carlos Drummond de Andrade
fotografia de Simon Bolz
modelo: Sazze