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Deixo-me embalar pela música.
Fecho os olhos e sinto
o teu rosto mergulhar nas ondas do meu
cabelo.
As tuas mãos como plumas
percorrendo meu corpo.
Encostas-me à janela
e pressionas o teu corpo no meu.
Sinto uma volúpia quente
subir e fundir-se em mim.
Uma a uma, as peças vão desaparecendo
e eu estou ali,
nua, faminta, com as ondas
do meu corpo a chamarem-te ...
E tu vens, qual trovão em dias de
tempestade.
Para lá da janela, nada mais existe.
Somos nós, um só corpo
possuídos pelo mesmo desejo:
Amar ...
por Otília Martel in Menina Marota ― um desnudar de alma
fotografia de autor desconhecido
Confesso que tive a ousadia de me substituir à autora e atribuir um título ao poema. Peço desde já as minhas desculpas caso aquela não concorde.
2 comentários:
Que a musica envolvente inunda nossos corpos que se deliciam em movimentos cordenados.
Que o som delicie os nossos ouvidos totalmente penetrados por sussurros
Um Beijos quente
Ana
Minha querida Ana,
anseio por sentir os acordes dessa música vibrantes em nossos corpos :-)
Um beijo
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