sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Gratidão divina – a um Adónis


Versos na pele dos sentidos essa gratidão
Devassa sulcos em suor de corpos fundidos
Húmida brilha translúcida suave excitação
Quando dos lábios escorrem doces gemidos

Grata aos teus mais profanos devaneios
Toda a sensualidade erguida altar divina
Acesa a chama luz súplica de belos seios
Na palavra verso poema da flor feminina

Essa da gratidão divina onde escorre o prazer
Gruta de orgasmos lentos e multiplicados
Que mão e boca em fogo aceso fazem endoidecer

Mas é o falo de um Adónis deus e senhor
Que ordena e enfeitiça para insanos pecados
Quando em devoção comete o amor


por Ana Bárbara de Santo António,
fotografia de autor desconhecido

Sem comentários: