domingo, 22 de outubro de 2017

Monólogo a dois


Sábia talvez inconsciente,
Doseando com volúpia, uma ancestral sofreguidão,
Ali onde o desejo mais me dói, mais exigente,
Me acaricia a tua mão.
De olhos fechados me abandono, ouvindo
Meu coração pulsar, meu sangue discorrer,
E sob a tua mão, na asa do sonho, eis-me subindo
Àquele auge em que todo, em alma e corpo, vou morrer…


por José Régio
fotografia de autor desconhecido

4 comentários:

Marta Vinhais disse...

Abandonar-se à paixão, ao desejo entranhado na pele...
E depois?....Há um poema escrito na pele....
Gostei...
Beijos e abraços
Marta

Helena Rodrigues disse...

Uau! Que intenso!
Entregar-se ao deleite da paixão é mesmo satisfazer o desejo de forma plena.

Pedro M disse...

Ohhh Marta...
Há um poema inscrito nas mãos, nos seus dedos acraciando minha pele...
fazendo-me estremecer de prazer...
fazendo-me fechar os olhos e gemer...
antecipando a explosão...
Um beijo

Pedro M disse...

E quem não deseja, Helena, sentir a paixão do momento?...
Sentir o arrepio que os dedos provocam... percorrendo-me...
Um beijo