57 anos, profissional liberal. Vivo no Porto. Adoro mulheres sensuais, apaixonadas, vibrantes... Acompanhante masculino. Simpático, discreto, culto, meigo e carinhoso. Desloco-me a domicílios, hotéis e motéis. Disponibilidade algo limitada, por motivos profissionais. Qualquer encontro deverá ser marcado com alguma (pequena) antecedência.
segunda-feira, 26 de novembro de 2018
Beije meus lábios
Com a minúcia de um ritual, beije meus pés
Depois massageie-os
Beije meus joelhos, os dois
Beije minhas coxas interna e externamente
Pule para meu umbigo
Passe a língua ao seu redor suavemente
Não deixe muita saliva
Use seus sentidos – todos
Sinta o odor que cada parte do meu corpo exala
Me vire bruscamente, mas com cuidado
Resvale seu nariz no córrego das minhas costas
Deslize as pontas dos dedos em minhas costelas
Me deixe com bolinhas por todo o corpo
Olhe, cheire, deguste, ouça meus seios
Depois beije um por um que é para não rolar ciúmes
Muita atenção ao pescoço
Ele tem o poder de arrepiar todos os meus pelos
Beije meu queixo, bochechas e suas covas
Minhas olheiras tão marcadas por te esperar
Meus olhos acostumados de te ver no pensamento
Minha testa como um pedido respeitoso
Para que eu abra minhas portas
Encha suas mãos com os meus cabelos
Memorize o nível de sua maciez
Embriague-se com o seu cheiro
Só então, depois de percorrer meus mundos
Beije meus lábios: o primeiro e os segundos...
por Anne Lucy
fotografia de autor desconhecido
sexta-feira, 23 de novembro de 2018
Gemido
sexta-feira, 9 de novembro de 2018
Os segredos de Raimunda Toada
Desnudou-se toda a realidade,
Posso vê-la desnuda flor,
Tão intensa a flor do amor.
Digo-te isso sem maldade.
Minha paixão feminina.
Dos prazeres é sacerdotisa,
Toca em mim feito brisa.
Me banha tal água cristalina.
Ó sublime paz que me devora,
Ao vê-la cavalgando corcunda.
Beleza em seu corpo mora.
Mas prefiro, sincero sua bunda.
Por isso Raimunda Toada.
Empina, mostra a bundinha danada.
por Rodrigo de Souza Leão
fotografia de autor desconhecido
Posso vê-la desnuda flor,
Tão intensa a flor do amor.
Digo-te isso sem maldade.
Minha paixão feminina.
Dos prazeres é sacerdotisa,
Toca em mim feito brisa.
Me banha tal água cristalina.
Ó sublime paz que me devora,
Ao vê-la cavalgando corcunda.
Beleza em seu corpo mora.
Mas prefiro, sincero sua bunda.
Por isso Raimunda Toada.
Empina, mostra a bundinha danada.
por Rodrigo de Souza Leão
fotografia de autor desconhecido
terça-feira, 6 de novembro de 2018
Posso fazer algo por ti?
A janela abre-se sobre a rua
e antes da nudez consumada
já me vês nua.
Posso fazer algo por ti?
Pisa-me que eu deixo
que faças as tuas marcas.
É uma batalha perdida.
Tenho a mão na faca.
Posso fazer algo por ti?
A carne dissolvida
na saliva.
Não o calo
e não dorme o falo.
Selo de joelhos a intimidade.
Posso fazer algo por ti?
Respiro para que não doa.
Onde acaba a roupa e
começa a pele,
para pontos mais altos
e buracos mortíferos,
algo nos impele.
Posso fazer algo por ti?
Receio como tu
o mutismo.
Não quero agarrar estrelas cadentes.
Não tenho esse desejo.
Posso fazer algo por ti?
A poesia não tem grades
mas doem-me as costas.
Mas, posso fazer algo por ti?
por Ana Pereira
fotografia de autor desconhecido
e antes da nudez consumada
já me vês nua.
Posso fazer algo por ti?
Pisa-me que eu deixo
que faças as tuas marcas.
É uma batalha perdida.
Tenho a mão na faca.
Posso fazer algo por ti?
A carne dissolvida
na saliva.
Não o calo
e não dorme o falo.
Selo de joelhos a intimidade.
Posso fazer algo por ti?
Respiro para que não doa.
Onde acaba a roupa e
começa a pele,
para pontos mais altos
e buracos mortíferos,
algo nos impele.
Posso fazer algo por ti?
Receio como tu
o mutismo.
Não quero agarrar estrelas cadentes.
Não tenho esse desejo.
Posso fazer algo por ti?
A poesia não tem grades
mas doem-me as costas.
Mas, posso fazer algo por ti?
por Ana Pereira
fotografia de autor desconhecido
quinta-feira, 1 de novembro de 2018
Cucharadas
El encanto
de las chocolatinas y las fresas,
como un cuerpo desnudo
con pedacitos de almendra
y unas gotas de miel.
Unos labios de trufa
y natillas calientes
con un poco de helado
y un bizcocho borracho.
La pasión del azúcar quemada
sobre la crema fría
en los postres helados.
El jadeo
de las moras silvestres,
de las claras a punto de nieve
flameadas al horno.
Un hechizo perverso
para las bocas,
para los paladares insomnes
que después de amar
todavía tienen hambre.
por Ana Merino
fotografía de Ekaterina Zarkhova
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