57 anos, profissional liberal. Vivo no Porto. Adoro mulheres sensuais, apaixonadas, vibrantes... Acompanhante masculino. Simpático, discreto, culto, meigo e carinhoso. Desloco-me a domicílios, hotéis e motéis. Disponibilidade algo limitada, por motivos profissionais. Qualquer encontro deverá ser marcado com alguma (pequena) antecedência.
segunda-feira, 26 de setembro de 2022
Absolver (com algumas coisas de Helberto Hélder)
Chama-se sexo
a uma parte do corpo
como se todo o corpo
as mãos os pés a cabeça
não fossem também sexo
o pênis a vagina
os testículos as maminhas
são frágeis
vulneráveis
estão expostos
à crueldade
são flores
ou musgos
posso estar nua e ser casta
não tenho nada de freira viciosa
e devassa
com toda a minha atenção
toco-te
dou-te os meus sentidos
os meus sentimentos
sinto muito
ter estado muito contigo
é uma coisa boa
que melhora o mundo
que o embeleza
agradeço ter-te encontrado
e ter feito o que fiz contigo
com a cabeça nas mãos
e os olhos cheios de lágrimas
sonho contigo comigo
por Adília Lopes
fotografia de autor desconhecido
sexta-feira, 9 de setembro de 2022
Inocente pecado
Esta noche, en que hay mas dudas de amor,
por tu grito mudo, absorto, y destrozado.
En que el herrumbre de ébano y madera
el no corresponder a mi amor ha confirmado.
Ésta noche en que mi talla se cincela
con masilla corroída en mis huesos destemplados.
Esta noche, es la noche, en que debo liberar a los esclavos,
que sean cimarrones en los montes de nativos,
perdidos entre brisas del eclipse libertario.
Tu silencio ha sido témpano, páramo de tu sexo,
que a mi alma va impidiendo sus orgasmos,
Lujuria muerta en los lirismos de unos versos
que había dejado reposando entre tus vados.
Censura de mis tiempos de anarquista.
Rebelado guerrillero de los sueños programados,
tu extremada quietud de campana enmudecida,
a mi templo ya vacío, sin dios ha consagrado,
el rezo que calla el rosario de tus huellas,
y las velas que iluminan mi inquietud de enamorado.
Íntima cumbre, de palabras de cordel y ligadura,
mística perla que pasaste rodando como un rastro,
a la pena de un poeta le tiraste una moneda,
y su ruido fue explosión en el fondo de su vaso.
Ninfa de aleluya débil, crisma vital de mi sagrario,
la luna se fue despotricando en mis oscuros iris,
en la tardé que perdí... la inocencia del pecado.
por Walter Faila
fotografia de Ruslan Lobanov
Subscrever:
Mensagens (Atom)