Mesmo sem te conhecer,
Eu te descobri em tudo e no tudo te quis!...
Desejei...
Suspirando numa sensualidade esparsa...
No simples acaso no olhamos,
O beijo propositado,
Onde nos incendiamos...
Recolhe-me nas narinas o teu cheiro...
A tua boca no meu peito...
De ti todo em mim...
Embebe-me completa e indelevelmente ao ponto de contigo me fundir e em ti eu me devasso...
Entusiasmo voraz... num gorjeio, na tua boca fresca onde fomos infinitamente felizes...
O paladar, delicado, é como morder um pessego com os lábios ...
O entusiasmo ardente,
O teu junco flexível,
Haste de feno,
Nas minhas folhas coado,
Num...
Tremente lago debruçado...
A chama esperta,
Extenso caudal, limite em que, ofegante, eu me esparzo...
por Luísa Demétrio Raposo in Respiração das Coisas
fotografia de autor desconhecido
2 comentários:
Mesmo sem conhecer.... o desconhecido pode ser fogo
Ohhh Ana
o desejo do desconhecido...
a expectativa do toque de uma pele que se deseja descobrir...
dos lábios que se desejam saborear...
a expectativa da descoberta... o calor que nos invade...
o gemido que nos liberta...
Um beijo!
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