57 anos, profissional liberal. Vivo no Porto. Adoro mulheres sensuais, apaixonadas, vibrantes... Acompanhante masculino. Simpático, discreto, culto, meigo e carinhoso. Desloco-me a domicílios, hotéis e motéis. Disponibilidade algo limitada, por motivos profissionais. Qualquer encontro deverá ser marcado com alguma (pequena) antecedência.
terça-feira, 30 de setembro de 2025
fiz do meu caderno, sua pele
preencho os espaços dessas linhas com palavras
como se pudesse, num imaginário tão real, preencher seu corpo com meu corpo.
meu corpo: palavras
sua pele: linhas, longitudes.
meu corpo: sua casa
sua pele: meu quarto
meu corpo: palavras
sua pele: linhas, longitudes
meu corpo: um mapa
sua pele: uma bússola antiga
meu corpo: travessia
sua pele: pedestres dançantes
meu corpo: lágrimas matinais
sua pele: sorriso antes do almoço
meu corpo: pelugem
sua pele: rotação da terra
meu corpo: caneta vermelha
sua pele: tatuagem que percorro
meu corpo: cenário que te apresento
sua pele: a peça
meu corpo: silêncio
sua pele: uma festa que tento penetrar
por Isabella Ingra
fotografia de Vladimir Stefanovich
Modelo: S-Life Katy
quinta-feira, 11 de setembro de 2025
me olha, então tudo me diz
e eu nem conseguia te explicar direito o meu desejo.
da loucura de sonhar em te dar em qualquer lugar, num lugar qualquer.
nem era interessante explicar que o meu corpo não podia parar de querer, assim tão subitamente, tão sem querer.
nem adiantava tentar dizer que todas as vezes que fiz que não quis, queria você.
que a lembrança leva e traz, em pequenos flashs de câmera antiga, você descendo pela barriga, você atrás metendo, você tão perto dizendo que está todo em mim.
disso eu bem sei, disso eu sigo sabendo.
quer dizer, sigo ardendo de saber mesmo não sabendo como ainda continuar a dizer, meu ventre gruda em você, sem que eu perceba o movimento.
me aventuro entre o beijo e o esquecimento de que há pessoas ao redor e eu quero queria em qualquer lugar
por Isabella Ingra
fotografia de autor desconhecido
segunda-feira, 11 de agosto de 2025
Férias I
É Agosto, mês de férias e de mar...
gosto das manhãs de nevoeiro...
da frescura da brisa do mar...
Não gosto do calor, confesso...
Em Agosto, costumo fugir da cidade.
Durante este longo mês de Agosto estarei dentro & fora do Porto.
Um beijo
Pedro M
P.S.: Durante este período terei o telemóvel desligado.
No entanto, continuarei contactável via email (pedrom1966@gmail.com).
Terei todo o prazer em receber as vossas mensagens e em vos responder.
Terei todo o prazer em receber as vossas mensagens e em vos responder.
Fotografia de autor desconhecido
segunda-feira, 14 de julho de 2025
Me dejo tocar por ti
Me dejo tocar por ti
en las calles
enfrente de todos
semi-desnuda
oprimes alguna parte infinita de mi orgasmo
Y una vez más
tu sexo afilado
está aquí
abriéndome los labios.
por Frida Varinia Ramos
fotografia de Jiri Ruzek
segunda-feira, 30 de junho de 2025
Nova bárbara escrava
Barborinha uma crioula:
Faz de bahiana evocada
Num hotel de vidro e avenca;
Usa torço cor-de-rosa,
Pano-da-costa fingido,
Chambre crivado no seio:
Seu balangandã preserva-a
Bem menos que seu enleio.
Para não ver os meus olhos
— Figa branca, figa preta —
Atira-as pra trás nas costas,
Tão bem, que só vê diante
A cuia do vatapá:
Mas eu sei quantas pancadas,
Vindo assim, seu peito dá.
Peixinho moreno, pula
No aquário do hotel de luxo
Como gota de água ao céu:
Tem vergonha de ser mate,
O seu passo é como um véu.
Barborinha é uma crioula
(Mulatinha era demais):
As cores, à parte, são várias:
Unidinhas, são iguais.
Vem servir-me cor-de-rosa,
Parda me serve xinxim
(Pérfido, atraso o jantar
Fitando-a entro e mim).
Mas o que serve em verdade
A Barborinha morena,
Na sua saia bahiana
Com roda de campainha,
Não é o envisco que comem
Os peixes do hotel de vidro,
Mas a sua graça apenas.
Tão quente (sendo ela fria)!
E as mãos! as mãos! — tão pequenas,
Tão pequenas, que eu diria
Que as fazem penas — e fogem
As aves que há na Bahia!
por Vitorino Nemésio
fotografia de Charles Lightfoot
Modelo: Noel Monique
segunda-feira, 2 de junho de 2025
Era manhã de Setembro
Era manhã de setembro
e
ela me beijava o membro
Aviões e nuvens passavam
coros negros rebramiam
ela me beijava o membro
O meu tempo de menino
o meu tempo ainda futuro
cruzados floriam junto
Ela me beijava o membro
Um passarinho cantava,
bem dentro da árvore, dentro
da terra, de mim, da morte
Morte e primavera em rama
disputavam-se a água clara
água que dobrava a sede
Ela me beijando o membro
Tudo o que eu tivera sido
quanto me fora defeso
já não formava sentido
Somente rosa crispada
o talo ardente, uma flama
aquele êxtase na grama
Ela a me beijar o membro
Dos beijos era o mais casto
na pureza despojada
que é própria das coisas dadas
Nem era preito de escrava
enrodilhada na sombra
mas presente de rainha
tornando-se coisa minha
circulando-me no sangue
e doce e lento e erradio
como beijara uma santa
no mais divino transporte
e num solene arrepio
beijava beijava o membro
Pensando nos outros homens
eu tinha pena de todos
aprisionados no mundo
Meu império se estendia
por toda a praia deserta
e a cada sentido alerta
Ela me beijava o membro
O capítulo do ser
o mistério de existir
o desencontro de amar
eram tudo ondas caladas
morrendo num cais longínquo
e uma cidade se erguia
radiante de pedrarias
e de ódios apaziguados
e o espasmo vinha na brisa
para consigo furtar-me
se antes não me desfolhava
como um cabelo se alisa
e me tornava disperso
todo em circulos concêntricos
na fumaça do universo
Beijava o membro
beijava
e se morria beijando
a renascer em setembro
por Carlos Drummond de Andrade
fotografia de autor desconhecido
quarta-feira, 23 de abril de 2025
Aquella noche
Aquella noche
hicimos poesía;
mientras ella gemía,
yo le recitaba un par de
versos cortos en medio
de sus piernas,
esperando con eso,
que, después del orgasmo,
deseara más.
por Manuel Ignacio
fotografia de Jiri Ruzek
terça-feira, 22 de abril de 2025
No teu Orgasmo...
Deixa-me que me entregue
Que abdique de mim mesmo
Na plenitude do teu corpo
Apenas desejo o teu prazer
O teu gemido, o teu orgasmo
Que se contorça o teu corpo
Na explosão sinfónica dos sentidos...
Deixa que te explore, que te enlouqueça
Que as minhas mãos te percorram o corpo
Que os meus lábios te mapeiem a pele
Que a minha língua te prove e leve à loucura...
Deixa-me entrar em ti em movimentos vibrantes
Amplos, lentos, fortes e ritmados...
Deixa-me dar-te loucas e gemidas vontades
Até ao espasmo final em que tudo se liberta...
Eu, eu tenho tempo, apenas o teu urge
Apenas o teu orgasmo me satisfaz
Na plenitude... Apenas o teu divino prazer...
por Tiago Paixão
fotografia de autor desconhecido
modelo: Charlotte Gainsbourg
terça-feira, 11 de fevereiro de 2025
La femme mûre ne domine pas, elle touche
La femme mûre ne domine pas, elle touche.
Elle ne provoque pas, elle est provocante.
Elle n’est pas intelligente, elle est sage.
Elle ne s’insinue pas, elle montre subtilement le chemin.
Elle n’est pas pressée, elle attend le bon moment.
Elle ne vole pas, elle flotte.
Elle ne se soucie pas de la quantité, elle préfère la qualité.
Elle ne voit pas, elle regarde.
Elle ne marche pas, elle se promène.
Elle n’est pas exigeante, elle aime juste savourer.
Elle ne juge pas, elle analyse.
Elle ne réconforte pas, elle réchauffe le coeur.
Elle ne cherche pas, elle éveille les sens.
Elle n’est pas exigeante, elle est sélective.
Elle ne brille pas, elle illumine.
Elle n’aime pas être regardée, elle préfère être écoutée.
Elle ne devine pas, elle perçoit.
Elle ne parle pas de sexe, elle est maître dans l’art de l’amour.
Elle n’est pas facile, elle est flexible.
Elle ne commande pas, elle gère.
Elle ne renaît pas, elle est en floraison constante.
Et enfin la femme mûre est un ensemble
de toutes les beautés possibles car elle est « FEMME ».
par Marieliane (Roberte Colonel)
photographie d'auteur inconnu
modèle : Vanessa B
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025
A garota mais bonita que eu conheço
A garota mais bonita que eu conheço
não é nenhuma miss, nem engata tantos olhares quando passa por aí
A garota mais bonita que eu conheço
nem acha que é bonita.
Acha graça e não acredita
quando eu a digo assim.
A garota mais bonita que eu conheço
não faz nada para parecer bonita.
Não faz boa maquiagem,
não usa joias ou roupas da moda,
não vai para academia nem tem belo manequim.
A garota mais bonita que eu conheço simplesmente sorri,
e, quando sorri, ela é a garota mais linda do mundo!
por Augusto Branco
fotografia de autor desconhecido
segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
Um Bom Ano de 2025
A todas as minhas leitoras, os meus votos de um Ano de 2025 em que todos os vossos desejos sejam cumpridos!!
Um beijo
Pedro M.
Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma... Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.
Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.
E em duas bocas uma língua..., — unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.
Depois... — abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada...
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!
José Régio, in "Antologia Pessoal da Poesia Portuguesa, Eugénio de Andrade"
fotografia de autor desconhecido
Um beijo
Pedro M.
Soneto de amor
Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma... Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.
Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.
E em duas bocas uma língua..., — unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.
Depois... — abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada...
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!
José Régio, in "Antologia Pessoal da Poesia Portuguesa, Eugénio de Andrade"
fotografia de autor desconhecido
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