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Dormes meu coração?
O tédio aqui é imenso e nesta hora em pensamentos lentos é no teu pénis que penso...
Sentir-te em...
Pensar nisso faz-me fome, rasga-se o desejo em mim num gomo, amor meu, mas quando é que eu te como!?
Quero-me em ti para me perder aqui!
Frémito calor, ardente de nós os dois;
No antes!... No durante!... E no depois!
Sinto teus lábios em minhas entranhas, perco-me em suplicas estranhas...
As tuas mãos ávidas descobrem meu corpo, a tua língua quente é uma maliciosa serpente...
Profundo e pérfido, desejo louco num misto prazer nos deixa feliz amor, com tão pouco...
Desejos!... Sabores!... Loucuras!
Num êxtase sinto a tua mão a vergar...
Minha boca quente, ardente, sempre a sugar!...
Gemidos são prazer, na louca vontade em tanto em mim te querer!
Sonhar-te tão dentro, sentinela hirta em cada pancada, a tua, quente e nua ...
Fazer amor contigo, fazer amor com o sentido, vem, vem cá ficar dentro em mim escondido;
A tua boca minha descoberta, o suor em tremor... e eu toda aberta...
A lembrança do olhar dentro da tua íris a navegar, a navegar... a navegar...
Está na hora do nosso prazer terminar, vem...
Vem cá abraçar e tomamos juntos um banho quente?
Mas antes faremos amor novamente!...
Beijo
Da tua sempre
Rosa
por Luísa Demétrio Raposo in Respiração das Coisas
fotografia de Simon Bolz