57 anos, profissional liberal. Vivo no Porto. Adoro mulheres sensuais, apaixonadas, vibrantes... Acompanhante masculino. Simpático, discreto, culto, meigo e carinhoso. Desloco-me a domicílios, hotéis e motéis. Disponibilidade algo limitada, por motivos profissionais. Qualquer encontro deverá ser marcado com alguma (pequena) antecedência.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Entre pernas musculosas
Sentada em frente do mastro
Plantado entre pernas musculosas,
A mão nervosa descia e subia
Hasteando a tesuda bandeira
Do homem que gemia e gozava
Na hora em que sol se levantava
Iluminando o seu leito de trevas.
O jorro escorreu pelo mastro,
Branco qual espuma do mar
Formando na mão parada
Um lago de água cremosa
A escorrer por entre os dedos.
Mas o corpo tem seu desejo
De outro para enredá-lo.
Melhor que a mão é a caverna
Com estalactite clitoriana
Para fazer o mastro se perder
Nos labirintos do orgasmo.
por Maria Hilda de Jesus Alão
fotografia de Garm
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Eu e meu Pom-Pom
Me afogo quando te vejo
Apaixonada...
Afogada em espuma
Amaciando meu desejo
Eu e meu Pom-pom
É áspero o tesão... o tesão...
Provoca uma profunda esfoliação
Mas isso é bom... isso é tão bom!
Sabonete de criança
Pom-Pom, Johnson's, Dove baby,
Bebederme, ah, baby!
E o desejo avança, avança...
Até que ele... você... alcança...
Com suavidade, espuma, ingenuidade
Esse sabonete me acaricia...
E se converte em poesia...
Porque ele, você, sabonete...
É puro desejo, infantil deleite!
Que a espuma me invada
Mergulhada, dominada, ensaboada
Meu pom-pom... eu desejo a limpeza
Suavize minha pele e me dê a certeza...
Pois minha cobertura é a falsa frieza
Amacie meus medos
E percorra meus segredos
Baby, me invada...
O medo é infantil, e talvez eu seja...
Uma mulher afogada
E o desejo continua...
Ou uma criança apaixonada
Avançando, assustada
Amaciando, me revelando...
Divida comigo... seu, nosso, sabonete
É suave essa paixão
Não provoca irritação
E é puro deleite!
por Liz Christine
fotografia de Tuta
domingo, 3 de outubro de 2010
Poemas para a amiga (Fragmento 7)
Estranho e duro amor
é o nosso amor, amante-amiga,
que não se farta de partir-se
e não se cansa de querer-se.
Amor
todo feito de distâncias necessárias
que te trazem
e de partidas sucessivas
que me levam.
Que espécie de amor
é esse amor que nos doamos
sem pensar e sem querer com tanto amor
e tão profundo magoar?
Estranho e duro amor
que não se basta
e de outros amores se socorre
e se compensa
e neste alheio compensar-se
nunca se alimenta,
mas se avilta e se desgasta.
Estranho amor,
ferino amor,
instável amor
feito sem muita paz,
com certo desengano
e um desconsolo prolongado.
Feito de promessas sem futuro
e de um presente de saudades.
Chorar tão dúbio amor
quem há-de?
Estranho amor
e duro amor
incerto amor,
que não te deu o instante que esperavas
e a mim me sobejou do que faltava.
por Affonso Romano de Sant'Anna
fotografia de Ilona Pulkstene
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