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As rosas nos joelhos
São grinaldas de rosas
à roda
dos joelhos
O âmbar dos teus dentes
nos sentidos
O templo da boca
no côncavo do espelho
onde o meu corpo espia
os teus gemidos
É o gomo depois...
e em seguida a polpa...
o penetrar do dedo...
O punho do punhal
que na carne enterras
docemente
como quem adormenta
o que é fatal
É a urze debaixo
e o fogo que acalenta
o peixe
que desliza no umbigo
piscina funda
na boca mais sedenta bordada a cuspo
na pele do umbigo
E se desdigo a febre
dos teus olhos
logo me entrego à febre
do teu ventre
que vai vencendo
as rosas ― os escolhos
à roda dos joelhos, docemente.
por Maria Teresa Horta
fotografia de Bernard Edimo
2 comentários:
E nada apagará esse fogo, que te continuará a falar no meu post....
Boa foto como sempre...
Beijos e abraços
Marta
Ohhh minha querida Marta,
mas alguém deseja apagar esse fogo?
Um beijo
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