sexta-feira, 25 de julho de 2008

Castigo


Desencaixo-me displicente.
Esvaziei-me, enfim.
Teu corpo
ainda queima,
tua mão ainda afaga.
Jamais
o prazer fora tão perverso.
Escondo meus lábios
atrás do batom.
Teus olhos
canibais marinhos
começam a se desfazer.
Não consigo te acompanhar.
És tão tolo...
Ainda me engasgo
com um último orgasmo.
Venci.
Sou aquela
que pela primeira vez
amas.
Mas a noite se esvai.
Sei que vais me tocar:
deixarei?
Não quero me amarrotar.
Tua boca me implora,
só que as estrelas se apagaram.
Vou-me embora
para nunca mais...
Se fosse amor,
não acabaria.

Por Agostina Akemi
fotografia de Ludovic Goubet

8 comentários:

Marta Vinhais disse...

Pois não...
Ficaria, esqueceria o mundo lá...
Entregar-me-ia a essa paixão, esse desejo que voltas a acordar em mim..
Beijos e abraços
Marta

Anónimo disse...

Lindooooooooooo....

Bem.. mas eu adoro a tortura... :P

UM beijo

Anónimo disse...

Ando em falta por aqui. Eu sei. Mas palavras para quê se isto anda sempre tão bom.... ;))

Jokas.

Pedro M disse...

mmm Marta...
fica então.
Deixa-me apagar em ti o fogo do desejo que também é meu...

Um beijo

Pedro M disse...

Meu Doce Veneno, e tu torturar-me-ias assim?! Que mazinha :-)

Um beijo

Pedro M disse...

Attitude! Acredita, ficou tudo muito melhor após esta tua visita :-)

Um beijo

Jade disse...

Será castigo o facto de ter conhecido!!
Se fosse amor não acabaria!!
Porquê o engasgo...
Sei que as estrelas se apagaram,
para nunca mais voltar!
:)
Jade

Pedro M disse...

Minha querida Jade, castigo não! Desejo? Paixão?

Um beijo