57 anos, profissional liberal. Vivo no Porto. Adoro mulheres sensuais, apaixonadas, vibrantes... Acompanhante masculino. Simpático, discreto, culto, meigo e carinhoso. Desloco-me a domicílios, hotéis e motéis. Disponibilidade algo limitada, por motivos profissionais. Qualquer encontro deverá ser marcado com alguma (pequena) antecedência.
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Gozo III
Põe meu amor
teu preceito
teu pénis
meu pão tão cedo
de vestir e de enfeitar
espasmos tomados por dentro
e guarnecer o deitar
daquilo que vou gemendo
Meu amor
por me habitares
com jeito de teu
invento
ou com raiva
de gritares
quando te monto e me fendo
por Maria Teresa Horta
fotografia de Garm
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Prazer
Sabes como tornar o meu corpo dócil…
Ajoelho-me…
Para te saborear,
sentir o teu desejo na minha boca…
Completas-me….
Com a tua mão na nuca,
excitada e excitante…
Com o teu grito,
quando me ergues…
Quando as minhas pernas enlaçam
a tua cintura…
E a minha boca te exige uma resposta…
Línguas enroscam-se…
Braços apertam-se…
Desenha-se,
em cada um de nós,
as curvas dos corpos suados…
Caímos na cama
e abandonamo-nos
ao silêncio do prazer…
escrito e dedicado por uma amiga
fotografia de Pavel Kiselev
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Meu corpo teu ninho
A simples lembrança dos teus dedos na minha nuca me arrepiam
Teu cheiro me habita a alma e meu peito, arfante, te recebe.
Me abraça, vem dormir comigo
Me ajuda a apagar do peito aquela dor do querer.
A noite se instala em mim.
Lá fora, apenas o silêncio da noite do teu olhar.
Vem.
Ocupa com teu corpo esse abrigo que te chama.
Volta a ser minha morada, teu abrigo
Faz de mim tua caverna, teu porto seguro.
Faz do meu corpo teu ninho.
Atordoada pelas saudades crescentes,
meu corpo todo se ouriça à tua procura.
por Léa Waider
fotografia de Ji
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Gozo II
Desvia o mar a rota
do calor
e cede a areia ao peso
desta rocha
Que ao corpo grosso
do sol
do meu corpo
abro-lhe baixo a fenda de uma porta
e logo o ventre se curva
e adormece
e logo as mãos se fecham
e encaminham
e logo a boca rasga
e entontece
nos meus flancos
a faca e a frescura
daquilo que se abre e desfalece
enquanto tece o espasmo o seu disfarce
e uso do gozo
a sua melhor parte
por Maria Teresa Horta
fotografia de Garm
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Gozo I
Linho dos ombros
ao tacto
já tecido
Túnica branda
cingida sobre as
espáduas
Os rins despidos
no fato já subido
as tuas mãos abrindo a madrugada
Linho dos seios
na roca dos sentidos
a seda lenta sedenta na garganta
a lã da boca
cardada
no gemido
e nos joelhos a sede
que os abranda
Linho das ancas
bordado
de torpor
a boca espessa
o fuso da garganta
por Maria Teresa Horta
fotografia de Tolik Dydnik
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