57 anos, profissional liberal. Vivo no Porto. Adoro mulheres sensuais, apaixonadas, vibrantes... Acompanhante masculino. Simpático, discreto, culto, meigo e carinhoso. Desloco-me a domicílios, hotéis e motéis. Disponibilidade algo limitada, por motivos profissionais. Qualquer encontro deverá ser marcado com alguma (pequena) antecedência.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Feliz Natal
Para todas as minhas leitoras, os meus votos de um Feliz Natal, com muitas prendinhas, muita alegria e muuuuuuuuuuuiiiiiito prazer :-)
Eu sei que os meus votos são semelhantes aos do ano passado, mas não resisto... :-)
Beijinhos
Pedro M
Fotografia de Aleksandr Zhernosek
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Agora
Não quero ser tua
na rua,
quero ser nua na tua,
no quarto.
Não te quero só meu,
quero você e eu.
Não quero teu papo
de amor, ilusão, o que for...
Te quero de papo pro ar
comigo a rolar pelo chão...
Não quero a tua cara amarrada,
teu drama. Que nada!
Quero brigar na tua cama,
ser tua sacana, insana
e não namorada ajuizada!
Não sou de fachada
e nem te preciso pra isso.
Te quero sorriso, desejo
e tudo o que sinto
quando te vejo...
Não quero "tentar"
ou fingir que é sério.
Vamos apenas gozar
esse nosso mistério.
E se algum dia,
(quem sabe?)
"o sentimento rolar..."
deixa ele crescer
e a gente vê no que dá.
por Mariana Valle
fotografia de Simon Bolz
domingo, 21 de novembro de 2010
Nunca
Nunca pensei...
Escrever sobre coisas tão naturais,
como tesão, orgasmo
ou prazer.
Estender-me nua na tua cama e
deixar que me olhes, faminto.
Que me massajes devagarinho a pele,
me digas baixinho como é macia.
Oferecer o meu mamilo
à tua língua desejosa,
e agarrar-te, louca o cabelo.
Ou então, abrir as pernas,
tocar-me provocante,
para que sintas o meu cheiro.
“Quero-te”, grito…
Abraço-me, totalmente ao teu corpo
ofegante.
escrito e dedicado por uma amiga
fotografia de Garm
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Momentos
Não me apetece dizer o que penso,
o que sinto, o que sou.
Não me apetece dizer-te
para onde vou, onde estou
o que senti.
Não me apetece manifestar meus afectos,
meus carinhos, pedir um beijo,
roçar teu corpo em mil desejos ...
Não me apetece dizer
quantos orgasmos tive,
quando me possuías loucamente.
Não me apetece dizer o que sinto
quando o frenesim da tua boca
roça as minhas coxas
e me deixas louca de tesão.
Não me apetece!
E apetece-me tudo...
por Otília Martel in Menina Marota ― um desnudar de alma
fotografia de Eva Pirazzy
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Nua
Tinhas as mãos aos meus pés; como espuma nos pés suaves de uma menina. As mãos aos pés da menina aos teus pés a descobrir um amante; subitamente de mulher a menina... Tiravas devagarinho as minhas sandálias de mulher com os teus dedos límpidos, tão límpidos que podiam espelhar o rubor das minhas faces; os teus dedos tão firmes de calor, o calor dos teus dedos ensinava uma nova coerência às minhas mãos tão vagas; as minhas mãos tão cegas de ti caminhavam na ponta dos dedos, andavam tacteando a tua luz. Mil amantes que se esfumaram, nenhum tinha existência. E de novo o desejo tímido, faminto de querer saber-se; saber-me em ti, o meu corpo pequeno cheio do teu corpo grande...
por Joana Well
fotografia de Kopysov Eduard
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Entre pernas musculosas
Sentada em frente do mastro
Plantado entre pernas musculosas,
A mão nervosa descia e subia
Hasteando a tesuda bandeira
Do homem que gemia e gozava
Na hora em que sol se levantava
Iluminando o seu leito de trevas.
O jorro escorreu pelo mastro,
Branco qual espuma do mar
Formando na mão parada
Um lago de água cremosa
A escorrer por entre os dedos.
Mas o corpo tem seu desejo
De outro para enredá-lo.
Melhor que a mão é a caverna
Com estalactite clitoriana
Para fazer o mastro se perder
Nos labirintos do orgasmo.
por Maria Hilda de Jesus Alão
fotografia de Garm
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Eu e meu Pom-Pom
Me afogo quando te vejo
Apaixonada...
Afogada em espuma
Amaciando meu desejo
Eu e meu Pom-pom
É áspero o tesão... o tesão...
Provoca uma profunda esfoliação
Mas isso é bom... isso é tão bom!
Sabonete de criança
Pom-Pom, Johnson's, Dove baby,
Bebederme, ah, baby!
E o desejo avança, avança...
Até que ele... você... alcança...
Com suavidade, espuma, ingenuidade
Esse sabonete me acaricia...
E se converte em poesia...
Porque ele, você, sabonete...
É puro desejo, infantil deleite!
Que a espuma me invada
Mergulhada, dominada, ensaboada
Meu pom-pom... eu desejo a limpeza
Suavize minha pele e me dê a certeza...
Pois minha cobertura é a falsa frieza
Amacie meus medos
E percorra meus segredos
Baby, me invada...
O medo é infantil, e talvez eu seja...
Uma mulher afogada
E o desejo continua...
Ou uma criança apaixonada
Avançando, assustada
Amaciando, me revelando...
Divida comigo... seu, nosso, sabonete
É suave essa paixão
Não provoca irritação
E é puro deleite!
por Liz Christine
fotografia de Tuta
domingo, 3 de outubro de 2010
Poemas para a amiga (Fragmento 7)
Estranho e duro amor
é o nosso amor, amante-amiga,
que não se farta de partir-se
e não se cansa de querer-se.
Amor
todo feito de distâncias necessárias
que te trazem
e de partidas sucessivas
que me levam.
Que espécie de amor
é esse amor que nos doamos
sem pensar e sem querer com tanto amor
e tão profundo magoar?
Estranho e duro amor
que não se basta
e de outros amores se socorre
e se compensa
e neste alheio compensar-se
nunca se alimenta,
mas se avilta e se desgasta.
Estranho amor,
ferino amor,
instável amor
feito sem muita paz,
com certo desengano
e um desconsolo prolongado.
Feito de promessas sem futuro
e de um presente de saudades.
Chorar tão dúbio amor
quem há-de?
Estranho amor
e duro amor
incerto amor,
que não te deu o instante que esperavas
e a mim me sobejou do que faltava.
por Affonso Romano de Sant'Anna
fotografia de Ilona Pulkstene
domingo, 26 de setembro de 2010
Adormecer
Adormecer
assim: inclinado
sobre um rio
em repouso.
A mão esquerda
caída em palma
no crânio; a boca
no ombro no aroma
da pele; o joelho
e a mão direita
na coxa no canteiro ainda
molhado. Acordar assim: ouvir
o breve adágio do corpo amado
a respiração pouco a pouco mais tumultuosa
sob os lençóis subitamente visitados
pelo sol da manhã.
por Casimiro de Brito in 69 poemas de amor
fotografia de Willyam Bradberry
P.S.: que me perdoe o autor a ousadia de dar um título ao seu poema.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Toca-me
Toca-me!
Toca meu corpo,
Instrumento que espera
Pelo suave toque dos teus acordes
Toca-me!
Toca meu corpo,
Violino teu no timbre exacto
Suspirando notas em perfeita harmonia
Toca-me!
Toca meu corpo,
Conduz teu corpo sobre o meu
Que vibra à espera do primeiro tom
Toca-me!
Toca meu corpo,
Arranca de mim as mais belas notas
Para entoar segregadas aos teus ouvidos
Toca-me!
Toca meu corpo,
E cala a minha boca com um beijo teu
Acolhe meu corpo que tua boca recebeu
por Maria Escritos
fotografia de Grisha Selivanov
sábado, 11 de setembro de 2010
Confissão da Rosa Genital
Dormes meu coração?
O tédio aqui é imenso e nesta hora em pensamentos lentos é no teu pénis que penso...
Sentir-te em...
Pensar nisso faz-me fome, rasga-se o desejo em mim num gomo, amor meu, mas quando é que eu te como!?
Quero-me em ti para me perder aqui!
Frémito calor, ardente de nós os dois;
No antes!... No durante!... E no depois!
Sinto teus lábios em minhas entranhas, perco-me em suplicas estranhas...
As tuas mãos ávidas descobrem meu corpo, a tua língua quente é uma maliciosa serpente...
Profundo e pérfido, desejo louco num misto prazer nos deixa feliz amor, com tão pouco...
Desejos!... Sabores!... Loucuras!
Num êxtase sinto a tua mão a vergar...
Minha boca quente, ardente, sempre a sugar!...
Gemidos são prazer, na louca vontade em tanto em mim te querer!
Sonhar-te tão dentro, sentinela hirta em cada pancada, a tua, quente e nua ...
Fazer amor contigo, fazer amor com o sentido, vem, vem cá ficar dentro em mim escondido;
A tua boca minha descoberta, o suor em tremor... e eu toda aberta...
A lembrança do olhar dentro da tua íris a navegar, a navegar... a navegar...
Está na hora do nosso prazer terminar, vem...
Vem cá abraçar e tomamos juntos um banho quente?
Mas antes faremos amor novamente!...
Beijo
Da tua sempre
Rosa
por Luísa Demétrio Raposo in Respiração das Coisas
fotografia de Simon Bolz
sábado, 4 de setembro de 2010
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Lista de contactos
Na sequência da perda (roubo) do meu anterior telemóvel, perdi também a minha lista de contactos. Peço por isso a quem me tenha dado o seu número de telefone/telemóvel que mo reenvie por email ou sms.
Obrigado
Pedro M
P.S.: Não houve quebra de confidencialidade, dado que o meu telemóvel se encontrava desligado, sendo necessário conhecer o PIN para aceder à lista de contactos.
Obrigado
Pedro M
P.S.: Não houve quebra de confidencialidade, dado que o meu telemóvel se encontrava desligado, sendo necessário conhecer o PIN para aceder à lista de contactos.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Telemóvel
Finalmente um pouco de tempo e vagar para comprar um novo telemóvel. O meu número de contacto é agora o
925 341 075
Beijinhos
Pedro
925 341 075
Beijinhos
Pedro
sábado, 28 de agosto de 2010
Desabrochar
A menina de desejo ardente
pisa cada pedra da calçada
cada pedra, seu caminho
mal-me-quer, bem-me-quer
quem-me-quer; vem tempo
e tempo traz sempre gente
animada, inanimada, desanimada
bico que parte, passarinho
quem-me-quer, bem-me-quer
mal-me-quer, flor do campo
abre vermelho em verde ausente
azul em cheiro de fonte rosada
rosa que parte, espinho
bem-me-quer, mal-me-quer,
quem-me-quer, à flor do corpo
pétala de menina que tudo sente.
por Joana Well
fotografia de Mikhail Surkov
domingo, 15 de agosto de 2010
Sem telemóvel
São azares de Verão...
A verdade é que fiquei sem telemóvel. Manhã de sol, demasiado calor para descer à praia, resolvi passear pelo mercado. Resultado: fiquei mais leve, sem telemóvel e sem porta-moedas.
Por isso e até comprar um novo (e as férias tornam-me tão preguiçoso...) só estarei contactável via email.
Beijinhos
Pedro
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Mocinhas gráceis
Mocinhas gráceis, fungíveis
Mimosas de carne aérea
Que pela erecção dos centauros
Trepais como doida hera!
Por ardentes urdiduras
De Afrodite que abonais
Passais como queimaduras
E tudo em fogo deixais.
Ofegar de onda retida
Na ocupação epidérmica
De serdes a exactidão
Florida da primavera,
Todas de luz invadidas,
Soi, porém, as irreiais
Bonecas de sol sumidas
No fulgor com que alumbrais.
Lá no fundo dos desejos
Chegais macias e quentes
Com violas nos cabelos,
Nas ancas, quartos crescentes;
Nas pernas, esguios confeitos,
Na frescura o vermelhão
De uma alvorada que rompe
Em seios de requeijão.
Enleais, mas de enleadas,
Ó volúveis, ó felinas!
Saltais fazendo tinir
Risadas de turmalinas;
E com as asas do segredo
Que vos faz misteriosas
- Pois sendo divinas, sois
Do breve povo das rosas -,
Adejais de beijo em beijo
Já que para gerar assombros
Vicejam as folhas verdes
Que vos farfalham nos ombros.
Ó doçaria que em línguas
Acres sois torrões de mel,
Quando idoneamente ninfas
Vos vestis da vossa pele!
Se a olhares venéreos furtar-vos
Em roupas não vale a pena,
Pois mesmo vestidas estais
Nuinhas de graça plena,
De esbelta nudez plantai
Róseos calcanhares nos dias
Fugazes, não vá Vulcano
Levar-vos para sombras frias;
Não sequem os anos corpinhos
De aragem que os deuses sopram,
Que os anos são os malignos
Sinos que pela morte dobram.
Mocinhas fúteis que sois
Da vida as espumas altas
Leves de não vos pesar
O peso de terdes almas;
Que essa força de encantar,
Ó belas! cria, não pensa.
Ser perdidamente corpo
É a vossa transparência.
por Natália Correia
fotografia de Ruslan Lobanov
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Conhecimento
Sei que tu sabes
desta febre que me devora e suga
deste ácido que brilha em pérolas de suor na minha pele.
A minha mão esculpe o teu corpo
e conhece-lhe recantos escondidos.
Há um aroma vibrante nesse teu cabelo
e uma força macia que se me enrola nos dedos.
Sei que tu sabes
quando os meus olhos se perdem loucos
no abismo dos teus.
Numa espiral magnética
as minhas pestanas dançam húmidas
desconcertantes coreografias pela tua face.
Sei que tu sabes
deste meu vício de ti
da ânsia do toque apaixonado
dessas mãos a que me submeto.
Em complicadas partituras
mescladas de trombetas e tambores
esta paixão é um cavalo alado
sem rédeas, sem freio, sem destino.
Descubro-te a vida numa lágrima
e a tua voz canta-me rumbas de desejo.
Não sabemos como partir
como quebrar o sonho e seguir.
Em cada dia há um mistério por guardar
e um punhal cá dentro a afundar-se.
Mas eu sei que tu sabes
que eu sou tão real quanto imaginária
e guardo em mim o mistério do amor.
por Margarida Piloto Garcia
fotografia de Boris Plahottya
terça-feira, 22 de junho de 2010
Caça e Caçador
Provei-te
e reencontrei o prazer no teu corpo
Perdi-me nos teus lábios,
encontrei-me nas tuas mãos
Nossos corpos bailam sobre a cama
É fogo que queima o desejo
e que arde em cada toque
Ah... essas coxas em minhas coxas num encaixe perfeito
Essa boca que me procura me levando a loucura.
Teu gosto, teu recheio
Transforma tua menina
Nessa amante devassa, amante completa.
Agora vem... excita meus pensamentos
Acalma meus tormentos, meus sonhos delirantes
Venha
Sou tua caça...
Sem resistência me entrego a ti, meu caçador!
por Rozeli Mesquita
fotografia de autor desconhecido
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Se duvidas que teu corpo...
Se duvidas que teu corpo
Possa estremecer comigo –
E sentir
O mesmo amplexo carnal,
– desnuda-o inteiramente,
Deixa-o cair nos meus braços,
E não me fales,
Não digas seja o que for,
Porque o silêncio das almas
Dá mais liberdade
às coisas do amor.
Se o que vês no meu olhar
Ainda é pouco
Para te dar a certeza
Deste desejo sentido,
Pede-me a vida,
Leva-me tudo que eu tenha –
Se tanto for necessário
Para ser compreendido.
por António Botto
fotografia de Franck Leboulenger
domingo, 6 de junho de 2010
Poemas para a amiga (Fragmento 8)
Contemplo agora
o leito que vazio
se contempla.
Contemplo agora
o leito que vazio
em mim se estende
e se me aproximo
existe qualquer coisa
trescalando aroma em mim.
Onde o teu corpo, amante-amiga,
onde o carinho
que compungido em recebia
e aquela forma que tranquila
ainda ontem descobrias?
Agora eu te diria
o quanto te agradeço o corpo teu
se o me dás ou se o me tomas,
e o recolhendo em mim,
em mim me vais colhendo,
como eu que tomo em ti
o que de ti me vais doando.
Eu muito te agradeço este teu corpo
quando nos leitos o estendias e o me davas,
às vezes, temerosa,
e, ofegante, às vezes,
e te agradeço ainda aquele instante (o percebeste)
em que extasiado ao contemplá-lo
em mim me conturbei
― (o percebeste) me aguardaste
e nos olhos te guardei.
Eu muito te agradeço, amante-amiga,
este teu corpo que com fúria eu possuía,
corpo que eu mais amava
quanto mais o via,
pequeno e manso enigma
que eu decifrei como podia.
Agora eu te diria
o que não soubeste
e nunca o saberias:
o que naquele instante eu te ofertava
nunca a mim eu já doara
e nunca o doaria.
Nele eu fui pousar
quando cansado e dúbio,
dele eu fui tomar
quando ofegante e rubro,
dele e nele eu revivia
e foi por ele que eu senti
a solidão, e o amor
que em mim havia.
Teu corpo quando amava
me excedia,
e me excedendo
com o amor foi me envolvendo,
e nesse amor absorvente
de tal forma absorvendo,
que agora que o não tenho
não sei como permaneço nesta ausência
em que tuas formas se envolveram,
tanto o amor
e a forma do teu corpo
no meu corpo se inscreveram.
por Affonso Romano de Sant’Anna
fotografia de Aleksandr Zhernosek
domingo, 30 de maio de 2010
Luandino
Luandino apalpa-a com dedos lassos,
Frouxos.
Toca-a como se num receio.
Parece que ele afaga a testa de um velho:
O côncavo da mão a recusar o bico do seu seio.
E ela o que quer é sexo.
Sexo, sem denguices nem rodeios.
Encosta-se nele.
Sente-o todo no vestido fresco.
Mater desejosa, roça-se.
Beija-lhe cada mamilo.
Morde-o.
Virgem arrependida, Luandino…
Ela a ganhar vantagem.
Ela a lamber-lhe o sexo.
Ela a chupá-lo.
Luandino e ela
Ela e Luandino…
por Maria de Fátima
fotografia de Def_Иgo
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Inocência
Sei que não é amor,
mas embrulhas os sentidos em gestos coloridos.
O teu sorriso troça da tristeza,
arranca o meu entre a provocação e a a candura.
Fico na expectativa do teu toque...
da tua timidez,
da quase juvenil carícia
na mescla sensual de que a revestes.
Sei que não é amor
mas atreves-te a quebrar tabus,
quando me desejas
me provocas
me queres de uma maneira que é só tua.
Sei que não é amor.
Nem mesmo é paixão.
Mas a loucura partilhada dos sentidos,
existe no olhar trocado.
Sei que me perco nos beijos ora vorazes, ora subtis,
no abraço carente que me desnuda aos poucos.
Brincamos sem pudor
carentes desse amplexo desejado.
E embarcamos numa viagem feita de um desejo duro mas doce.
Nunca nos falta o riso
rolando como pérola.
Sei que não é amor
mas partilhas comigo um arco íris de emoções...
E o teu amplexo é forte e orvalhado de desejo.
Sôfrega é a satisfação linear,
sem perguntas, sem noites de espera,
sem algemas a roerem esfomeadas.
O corpo é um abrigo em que se esconde a alma.
Sei que não é amor
nem mesmo é paixão.
É talvez um não sei quê
que vai e vem
e deixa a vida intacta, virgem... à espera.
por Margarida Piloto Garcia
fotografia de Tsifrolyub
domingo, 18 de abril de 2010
A tua boca
Vês aqueles dois no espelho?
Somos nós,
o cheiro já a misturar-se,
a pele a fundir-se,
as mãos a conquistarem-se
mutuamente.
A tua boca...
declara-se à nuca,
mas eu nem escuto.
Totalmente fascinada
pela onda de calor
que me excita ainda mais
e faz com que eu me vire.
Te olhe nos olhos,
sorria
e seja agora
a minha boca
a deliciar-se com a tua.
Depois, encosto-me
nas almofadas
e
sinto que ela
(a tua boca)
me segue.
escrito e dedicado por uma amiga
fotografia de Matteo Bertolio
quinta-feira, 25 de março de 2010
Escrevo-te
Escrevo-te:
mais uma carta de paixão.
Conto-te do desejo,
do incontornável calor
do teu corpo e do meu,
da saudade vincada de ti,
da cama, do suor, do orgasmo.
É: uma carta de paixão
(esta), a que te escrevo,
com palavras que escorrem
no envelope.
Vem hoje;
para que eu me venha, também.
Por Paula Raposo
fotografia de autor desconhecido
Tomei a liberdade de atribuir um título ao poema.
Espero que a autora me corrija caso tenha sido outra a sua escolha.
domingo, 21 de março de 2010
O meu desejo
A tua mão continua
pousada na curva
do meu ventre.
A palma da minha
toca-a levemente.
Confortável,
puxo-a
até tocares no
meu sexo.
Sinto-a a abrir-se,
pressiono-a
gentilmente.
Sinto-a a deslizar
ainda mais,
a procurar-me,
a encontrar
a minha vontade.
Todo o meu corpo se contrai,
quando a tua língua
me deseja
também.
“Não, não vou gritar”
o meu último pensamento
coerente,
antes de gritar
bem alto.
Escrito e dedicado por uma leitora
fotografia de autor desconhecido
quinta-feira, 4 de março de 2010
Moça ou Receita de sorvete de abacaxi com leite condensado
Lambo os dedos de Moça
um a um, gozo supremo
êxtase máximo que me chega
pelos dedos
Medos...
fiquem todos lá fora, acorrentados
pois agora meu corpo é Moça
é leite condensado
mamilos respingados em cremes...
E vem...
e gemes...
gemes na loucura melecada
gemes na aventura inventada
misturando gotas de suor
ao leite
Roças...
roças tua língua nessa moça
cheia de Moça
que se faz sorvete em tua boca
mesclando leites
deleites
E o ápice
tem cheiro de abacaxi...
por Isabel Machado
fotografia de Catherine Berger
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
O meu pedaço de ti
Por que será
Que só consigo
Te ver muito mais
Da cintura
Para baixo?
Isso me deixa intrigada...
Será que é essa
A tua parte
Que me pertence mais
E que por isso mesmo
Me deixa as pernas trôpegas,
Quando a entrevejo
Nas minhas miragens
E nas minhas etéreas divagações?
Será que é essa
A tua parte que,
Sôfrega,
Me sacia exaustivamente,
Por alguns instantes,
Na sua sofreguidão
Benfazeja?
Será que é essa
A tua parte
Que me mata o desejo
E que por isso mesmo
É que, quando procuro
Te vislumbrar
Na mente,
Só consigo
Te ver mais nitidamente,
Da cintura para baixo?
por Maria do Carmo Lobato
fotografia de Garm
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Espanto deitado
Primeiro foi uma sensação a veludo nas mãos, a carne à flor da pele
era macia de um modo tão suave a pedir só mansidão e elas
as mãos, transcorriam bêbedas com todos os seus 10 dedos nas polpas sensíveis e
eu lá ao fundo, no final da sensação, navegava com toda a preguiça esboçada do mundo
por aquele mar de novidades que o teu corpo me emprestava
no silêncio ofegante da noite.
Estavas ali deitada, absorta no teu sonho inteiro de ser
escultura para as minhas mãos, e eu sentia-te a crescer nas ondas da respiração e
de um lado e do outro, ambos éramos mais próximos
como se houvesse uma indeterminada luz pelo meio,
que tínhamos de possuir exactamente ao mesmo tempo.
Tudo ilusão.
E, no entanto não era. Eu estava ali, tu também, éramos dois corpos
com as portas abertas a tudo. A aragem das mãos esvoaçando sobre
a tua pele de veludo, era o que sobrava do silêncio de chumbo
que os nossos corpos mortais no fundo faziam. Havia entre nós
um nó inteiramente aceso por dentro, onde as línguas mais aprumadas
já não soltam palavras.
E os gestos criavam outros mundos, onde só nós cabíamos,
onde só nós éramos quase perfeitos
à espera de o sermos.
por José Alberto Mar
fotografia de Will Santillo
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
O sexo é sagrado...
O sexo é sagrado,
como salgadas são as gotas de suor
que brotam dos meus poros
e encharcam nossas peles.
A noite é meu templo
onde me torno uma deusa enlouquecida
sentindo teus pelos sobre a minha pele.
Neste instante já não sou nada,
somente corpo,
boca,
pele,
pêlos,
línguas,
bocas.
E a vida brota da semente,
dos poucos segundos de êxtase.
Tuas mãos como um brinquedo
passeiam pelo meu corpo.
Não revelam segredos
desvendam apenas o pudor do mundo,
descobrem a febre dos animais.
Então nos tornamos um
ao mesmo tempo em que
a escuridão explode em festa.
A noite amanhece sem versos,
com a música do seu hálito ofegante.
O sol brota de dentro de mim.
Breves segundos.
Por alguns instantes dispo-me do sofrimento.
Eu fui feliz.
por Cláudia Marczak
fotografia de Pyasetskiy Roman
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Inevitável
Inevitável foi o toque
a procura
a consumação da loucura
a transformar nós dois
em um.
Nada foi comum
Tudo foi vital
anormal...
dentro da normalidade contida
no ato.
Inevitável foi o tato
e meus seios foram teus
... tudo... o corpo todo
sentiu-te em gula
nas entranhas
nas loucas manhas
da manhã-festim...
Inevitável
tatear-me em falso
pra sentir-te pleno
em mim...
por Isabel Machado
fotografia de Minnow e Sharky
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Les sens
Rien pour retenir
L'épanchement de mes sens en éveil
Le volcan en éruption de mes désirs
Entre mes vallons tu t'engonces
Au rythme furieux des marées
Ton mât hissé
Mes voiles au vent
Prêts à engendrer la tempête
En orbite des mamelons
De mes seins engorgés.
Prends-moi vite lentement
A tâtons, en plein jour
Ivre je consens
Ondulante pieuvre
D'extrémités qui s'enfoncent
De langues fuyantes qui lapent assoiffées
Les fuites cristallines de nos étreintes enflammées.
Le violon strident de nos corps tendus
Abouti chaviré en crescendo d'extase.
Entre mes cuisses jaillit l'amour
Coulée de lave incandescente
Que j'étends de mes paumes ouvertes sur mes flancs haletants,
Appaisée.
par Barbara Serdakowski
photographie de Will Santillo
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Poemas para a amiga (Fragmento 3)
É tão natural
que eu te possua
é tão natural que tu me tenhas,
que eu não me compreendo
um tempo houvesse
em que eu não te possuísse
ou possa haver um outro
em que eu não te tomaria.
Venhas como venhas,
é tão natural que a vida
em nossos corpos se conflua,
que eu já não me consinto
que de mim tu te abstenhas
ou que meu corpo te recuse
venhas quando venhas.
E de ser tão natural
que eu me extasie
ao contemplar-te,
e de ser tão natural
que eu te possua,
em mim já não há como extasiar-me
tanto a minha forma
se integrou na forma tua.
por Affonso Romano de Sant’Anna
fotografia de Aleksandr Zhernosek
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
A uma virgem
Ah! tu nem sabias que a tua púbis
tinha a exacta medida da concha
de minha mão, nem suspeitavas
quanto de teu seio transbordaria
da outra que por trás te enlaçava.
Só mal medias o espanto
de sentires-me o hálito arfar
em teus cabelos e em ti toda
com que te perdeste, já rendida
na surpresa de saberes-me
contra a firmeza da tua carne,
no trémulo susto da tua pele
que há tanto tal dia esperava.
Sussurraste ainda a medo
não quero, sou tão nova! Mas tudo
te era já maduro e quente
em tua boca de sede e línguas,
aberta como já essoutros lábios.
Nem choraste como choram
vãs as que perdidas se acham.
Nem uma lágrima te caiu. Era
apenas o suor puro e o sangue
e teus loucos olhos líquidos
que naquela hora e nos lençóis
ofereceras à vida misturados,
não por mim bem o sabias,
mas por outro que em tua casa,
daí a meses, daí a anos, todas
as noites se deitaria a teu lado,
cumprindo o destino de ter filhos.
Talvez por isso tenhas dito,
sem sorriso triste, sequer com gesto de
fingido amor, mas de olhos seguros,
certa quanto eu que nem haveria adeus:
Deixa, não foi nada, não tem mal.
por Manuel Rodrigues
fotografia de Aleksandr Zhernosek
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Sinto em meu corpo
Sinto em meu corpo
sua língua.
Que me arde
Como se fosse
um chicote
de
fogo.
E mesmo que
eu não queira
me induz
a jogar
o seu
jogo.
Me entorpece
os sentidos,
abafa-me
os gemidos
até provocar
o meu
gozo.
Que poder
é esse?
Que sedução
devassa,
é essa
que sinto
sempre
que você
me abraça?
Só de lhe ver
me arrepia
a pele, em
choques
térmicos.
E me rendo
pacífica
aos seus
desejos
hipotéticos.
Me excita e
me choca
a sua ousadia.
Mas sempre
mais e mais,
como num
crescendo,
embarco
na sua
fantasia.
E quando
entregue
aos nossos
devaneios
sentindo
em meu
corpo
os seus
meneios,
nada mais
importa.
Abrimos do desejo
as portas,
simplesmente
porque
você é
meu homem
e eu...
sou sua
mulher...
por Asta Vonzodas
fotografia de autor desconhecido
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Suspiro gotas
Suspiro gotas
Entre sedas e cetim
Num bailado de cadencias distantes
Dos desejos incontidos
Suspiro gotas
Entre o roçar da pele
Sob o incenso vaporoso
Da sedução do amor
Suspiro gotas
Na dança de corpos desnudados
Entre a chama sibilante
Do aroma que paira no ar
Arrepios saem
Num ápice entre gemidos
Da inconsistência bruta
Dessa ânsia que assenta em mim
Suspiro gotas
Gemidos saem
Estremecimentos expelidos
Numa dança sem fim
por Maria Escritos
fotografia de Marina Beylina
sábado, 16 de janeiro de 2010
Ritual
Eras um ritual do louco cru,
na crueldade de apenas ser
nem eras, e eras tão, tão tu,
que nós lambíamos a morder
poentes, um corpo a corpo a nu;
Gritei, já nem sei escrever,
mata-me que já nem sei morrer:
quando entras, nada quer sair
quando sais, tudo quer dormir;
só sou parto quando a doer,
trespassa-me, sê fálico,
tudo em mim quer-te sofrer,
quero o profanar trágico,
a testa no meu baixo-ventre,
esse gozo dorido do prazer,
entre-pernas que o centre,
e o âmago que o consente
o dê à página que o lamente,
o dê à pena que o invente...
por Joana Well
fotografia de Sergey Prokhorov
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Espera (3)
(sôfregos, lindos, dançando
lentos, girando,
bocas, línguas, mãos, suores,
girando
o corpo dela em movimentos
sensuais de amores
ele dentro dela, delírios,
para sempre dentro dela
a alma o corpo, o amor o olhar
lindo que ela inventou
paixão, ternura, naqueles olhos tudo
o corpo dele sobre o dela
o seu beijo
a língua
a pele
as mãos)
imagens que ela inventa
antes de adormecer.
por Nalú Nogueira
fotografia de Katarzyna Rzeszowska
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