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Sinto um arrepio…
Sinto um estremecer sempre que me tocas.
A tua mão, os teus dedos,
Veludo puro!
A suavidade da tua pele a tocar a minha!
Pura seda!
Olho-te, vejo o quanto te desejo.
Esse corpo, essa pele, esse cheiro!
Enlouquece-me o teu sorriso,
A tua língua em meus mamilos túrgidos.
Alvoraça-me teus dedos em minha vulva,
Sinto uma humidade impossível de conter.
Endoidece-me sentir-te duro em minhas coxas,
Quente, pulsante, irrequieto… como eu gosto!
Entre toques, entre beijos, entre carícias,
Loucos de prazer…
Com tuas mãos afastas as minhas coxas,
Como a desbravar o caminho que procuras.
E entras em meu corpo, como quem entra em sua casa!
Percorres-me, como se eu fosse o teu mundo,
Numa determinação única, profunda.
Conhecedora do seu território!
E ali de corpos seguros um ao outro
Em movimentos coordenados!
Perfeitamente encabados,
Perfeitamente ensaiados.
Como se se conhecessem como ninguém,
Um fora feito para o outro!
De repente, do meio do nada,
Entre movimentos desordenados,
Entre movimentos ríspidos e afogueados
Soltam-se gemidos, soltam-se gritos!
Gera-se a volúpia da paixão!
As gotas de suor escorrem nos rostos,
Os movimentos repetem-se… e soltam-se gritos!
E aí, tu… Tu ficas ali, deitado no meu braço,
Esperando que fale ao ouvido!
Dedicado e escrito por uma leitora anónima
Fotografia de Howard Schatz